quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

NONO (E ÚLTIMO!) DIA DE VIAGEM


24 de fevereiro de 2008 (Domingo)

Último dia de viagem... mais 500 km de estrada pela frente, de Santana do Livramento a Lajeado/Estrela. Acordamos bem cedinho, 7h, pensando que o relógio estava estragado... na real, dormimos tão cedo e tão bem na noite anterior, em um hotel tão confortável, que não acreditávamos que estávamos tão cedo em pé. Aproveitamos para nos esbaldarmos no café da manhã (de rei e de rainha!) e seguirmos para Rivera com o objetivo de encontrar um "creminho" pra minha mãe e uma espuma de barbear para o pai, as "encomendas" da viagem. O dia estava lindo, ensolarado pra caramba (já estava sentindo a queimada nas costas do dia anterior) e entramos rapidamente nos freeshops para comprar o estritamente necessário (tive que sair correndo, pois a vontade era ver tudo!). Antes de voltar ao hotel e empacotar tudo, pausa para uma foto na praça entre Livramento e Rivera, fronteira entre Brasil e Uruguai: um pé lá e um aqui! Já no hotel, uma boa camada de filtro solar fator 15 para nos protegermos contra o sol.



10h10: Horário da saída. Antes, abastecimento de La Negra, para não termos nenhuma surpresa no meio do caminho. A viagem foi tranqüila, com a estrada mais movimentada do que estávamos acostumados. O sol, forte e teimoso, não nos dava tréguas.
12h30: Parada em São Gabriel, para abastecer e tomar uma água. Os frentistas todos pararam para admirar La Negra, fizeram várias perguntas e algums tiraram fotos.
14h30: Com o sol estupidamente escaldante, resolvemos parar para o almoço, em uma churrascaria. Ótimo descanso e, quando o Cristian quis abastecer no posto, ficou admirado ao descobrir que só havia diesel naquele posto!
15h30: Parada rápida para abastecer em Cachoeira do Sul.
17h45: Parada em Santa Cruz do Sul, abastecimento e pausa para um sorvete da Kibon. Canseira total.
19h: Chegada a Lajeado, quase final da viagem. Conversa com a mãe do Cris, com a cunhada e com o con-cunhado, que tirou estas duas fotos que vocês vêem abaixo: eu, com o maior sorrisão do mundo e o Cris, também contente, mas bastante cansado. Relax pro piloto Cris.




20h: Chegada em Estrela. Final total da viagem. Foto que minha mãe tirou no exato momento em que descemos da moto, ainda de capacetes e com a mochila nas costas.



Hora de rever mãe, pai, tios, primos e a querida Isadora, que aparece aí embaixo, na foto, dançando... tivemos todos que entrar na dança também! Ótima maneira de concluir uma viagem tão feliz e alegre quanto esta!



OITAVO DIA DE VIAGEM

23 de fevereiro de 2008 (Sábado)

Acordamos por volta das 8h30 e saímos do hotel sem desayuno, pois o Cris queria conversar com o Juan Pablo na oficina de motos. Ele estava lá com seu filho, o Benjamin, com quem fiquei brincando enquanto o Cristian olhava as motos e proseava um pouco. Adorei ouvir o Benjamin dizer "Sussi", é muito lindo ouvir as crianças falarem por lá. Após uma hora, retornamos ao hotel para tomar o café e empacotar todas as nossas coisas, pois 500 km de estrada nos aguardavam até Rivera, nosso objetivo do dia.




O tempo estava entranho: cinza, com cara de chuva. Acho que é tempo mesmo de despedida, não poderia ser ensolarado e nem muito feliz, senão não iríamos embora de jeito nenhum! Nas duas fotos abaixo, a frente do Hotel California (não falei que era o mesmo da música?) e a minha cara desajeitada, pronta pra ir embora. La Negra, tinindo para andar no asfalto, via Ruta 5.




Mas antes, parada no Mercado del Puerto para comprar as lembrancinhas para os irmãos! Aqui, novamente falaram em inglês comigo, tô adorando essa idéia de ser americana, assim já vou me acostumando com a idéia!



Bom, seguimos viagem a partir do meio-dia. Parada para abastecimento em um posto de Montevideo. A mochila estava mais cheia do que na vinda e estava me incomodando, mas fui agüentando mesmo assim.
13h20: Parada para abastecimento em Florida. Passagem rápida pelo banheiro e retorno para a estrada. Nessa hora, o sol começou a sair - e com força total!
15h: Parada em Durazno, também para abastecer. Parada um pouco mais longa, mas que coroou minhas observações com os péssimos cuidados às crianças, por parte dos adultos urugaios. Quase não acreditei quando vi uma menina de 11 anos, no máximo 12, pilotando uma espécie de "Biz", usando chinelos e (claro!) sem capacete. Levava consigo, na carona da motinho, sua irmã, de mais ou menos 7 anos. Indignação total!
15h15: Saída de Durazno e viagem de 200km sem parar! Passamos por Paso de los Toros e achei uma cidade muito bonita, vontade de conhecer.
18h: Parada em Taquarembó, para abastecimento e um lanche rápido. Ali, outro descaso total: uma senhora andava de moto em chinelos (sem capacete, óbvio) e uma criança (mais ou menos 5 anos) estava sentada na sua frente, agarrada à direção da Biz. O mais curioso de tudo é que a cena rolava bem em frente aos policiais, que ficaram admirando La Negra. Depois, no caminho a Rivera, em certa altura da estrada, o Cris reparou quando passou um homem de moto, com uma criança também agarrada a ele e na frente, amarrada ao peito, trazia uma espingarda. Coisa de filme!
19h30: Chegada em Rivera. Depois de algum tempinho procurando por hotéis, paramos no Verde Plaza. A foto abaixo eu fiz, a partir da janela do hotel, no momento de nossa chegada.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

SÉTIMO DIA DE VIAGEM

22 de fevereiro de 2008 (Sexta-feira)

Decidimos na hora de acordar: vamos visitar Colonia del Sacramento! Já tínhamos verificado as informações todas e estávamos pensando se passaríamos mais um dia em Montevideo ou se iríamos à Colonia. Manhã para o Cristian visitar o Juan Pablo e para eu passear um pouco pelos entornos do hotel antes de sairmos em direção ao terminal Tres Cruces.
11h45: Viagem de ônibus para Colonia del Sacramento. Poderíamos optar por 3 empresas diferentes, cada uma com um preço igualmente diferente (detalhe: a concorrência é tudo! O preço da viagem saiu por volta de U$ 165, algo em torno de 16 reais. Pago exatamente a mesma coisa para ir de Estrela a Porto Alegre, viajando 80 km menos!). Distante 180 km de Montevideo, a viagem foi tranqüila e durou 2h15. Chegamos lá com uma baita chuva e esperamos na rodoviária, almoçando (chivitos básico, além de uma sobremesa chamada "chaja", uma espécie de bolinho de claras de ovos, com uma fina camada de dulce de leche) e torcendo para a chuva parar. Depois de uma hora aguardando, resolvemos nos atirar na chuva: não poderíamos perder mais tempo!! Iniciamos nosso passeio descendo a Calle de España e chegando ao Muelle 1866, uma espécie de porto para embarcações desportivas, datado de 1866, mas que foi recuperado em 2001. As fotos que seguem mostram o chão molhado da chuva que resoveu parar na hora em que tiramos fotos, e também o detalhe do entalhe em madeira de um barco ancorado por ali.





Colonia é linda por todas as construções que por ali impream... todos os tipos de casas, museus, pedras, ruelas, combinadas com a vegetação, as flores os azulejos e os lampiões (vejam atrás de mim, nessa foto, a característica não só de Colonia, mas de muitas cidades uruguaias, como Montevideo) transformam a cidade em patrimônio da humanidade e lugar ímpar para se conhecer!



Aqui, costeando o rio da Prata, avistamos o torreão. Estamos bem em frente a Buenos Aires. A água estava escura, amarronzada e conversamos com um pescador para descobrir o motivo. Ele nos contou que houve um temporal muito forte na Argentina e que por isso a água estava com aquela coloração, que não é normal. Na próxima foto, eu na frente do Museu do Azulejo, uma construção portuguesa de 1740-1760, "recauchutada" em 1986. Lá dentro, todos os tipos de azulejos pintados à mão e pertencentes ao período 1849-1900.




Aqui, a combinação perfeita: o lampião (claro que agora existem lâmpadas ali dentro, mas antigamente era acendido com estopas de gasolina ou querosene, além de velas), as flores, as árvores, a casa e o azulejo da casa (vários azulejos marcam os números das casas e os nomes das ruas). Tudo muito lindo!



Cristian e eu na famosa "Calle de los Suspiros". Reparem nas construções, cada uma bem diferente da outra, como diz o fôlder de informações da cidade: "... onde diversos estilos de construção se conjugam sem perder a individualidade". É uma rua tipicamente portuguesa, com traçado e pavimento original, que guarda características da primeira época colonial.




Portão da Cidade, foi reconstruído entre 1968 e 1971, apresenta traços da velha ponte elevadiça. Aqui, um argentino que veio a Colonia de Buquebus pediu que "sacássemos" uma foto dele e de sua mulher e aproveitamos para solicitar o mesmo a ele. Abaixo, os azulejos anunciando Colonia del Scaramento como patrimônio da humanidade pela Unesco. Mais abaixo, imagens da estação férrea de Colonia, que não mais funciona.






Aqui, o famoso Buquebus. Não imaginava que fosse tão enorme: serve tanto para passageiros quanto para carros e faz a travessia Uruguai-Argentina. Momento de lamentar nossa falta de dias a mais para realizar a viagem a Buenos Aires. Todo o processo de embarque é extremamente oficial: parece a entrada de um aeroporto, com direito a freeshop (e, certamente, carimbo no passaporte). Ficamos um bom tempinho ali, apreciando todo o processo de entrada dos carros, de fechamento do convés e de saída do navio.



Voltando ao nosso passeio pela cidade, achamos muito curioso os dois carros antigos parados em frente a um bar (muito legal, por sinal, todo colorido por dentro). Na foto abaixo, eu ao lado de um carro que serve como "mesa do restaurante". Sim, sim!! Se vocês repararem bem na foto, verão um copo com guardanapos e duas pessoas sentadas dentro do carro, aguardando o almoço! Havia uma mesa e cadeiras lá dentro! Na outra foto, o Cris em frente a um carro-samambaia!




Aqui, um fato curioso: há vários carros antigos em Colonia (e isso nem chega a ser curioso!). Porém, vejam que há dois velhinhos ali dentro. Mais tarde, descobrimos que eles fazem passeios pela cidade, uma espécie de citytour, dentro de seus carros antigos, mostrando aos turistas um pouco mais de Colonia a bordo de um carro da mesma época da construção da cidade (ai, que exagero!). Conversamos com os dois (extremamente simpáticos), pedimos permissão para fotografá-los e a mulher nos disse que hoje o dia não tinha colaborado para os passeios (muita chuva e nublado), porém, o dia de ontem tinha sido maravilhoso e com muitos turistas!



Final do dia, final do passeio. Por volta das 19h30 paramos na rodoviária para comprar nossa passagem de volta (ônibus às 20h para Montevideo). Pausa para um yogur frutado da Conparole comprado no super "Micro Macro", além de uma boa água, para repor as energias investidas nas longas caminhadas. Aqui, conhecemos o Dañiel (11 anos) e sua irmãzinha, que conversou um pouco conosco. Ele vestia uma camiseta dos Simpsons, do "Homero" (incrível como eles nacionalizam todos os nomes americanos por lá!) em uma moto Harley-Davidson.


Mas o dia ainda não tinha terminado. Depois de 3 horas de viagem (sim, 3 horas!), chegamos a Montevideo às 23h. Morrendo de fome, optamos por um chivitos em novo restaurante: La Esquina del Chivitos. Desta vez, escolhemos um "Chivitos ao prato", que vinha com um "cobertor de papas fritas". Até eu, apaixonada por batatinha, consegui matar a vontade e quase enjoar de tanta batata frita! Estava simplesmente maravilhosoooooooo!! Incrível ver o número de pessoas circulando pela 18 de Julio a pé, em plena madruga (depois da uma da manhã) . Aproveitamos para comer um sorvete no La Cigale (filas para comprar sorvete), a madrugada estava ótima e todo mundo muito tranqüilo. Enfim, nos preparávamos para nos despedir dessa cidade e iniciar nosso caminho de volta. Finalização com chave de ouro!

CURIOSITIES:
Hoje me aventurei a conversar com um casal de americanos, na rodoviária de Colonia. A mulher estava irritada porque a garçonete a estava ignorando, mas disse pra mim que não precisava da minha ajuda. O homem me pediu informações sobre as ruas de Colonia, tentei ajudar da melhor maneira que pude, com o auxílio do mapa (mal ele sabia que aquela hora nós éramos recém-chegados na cidade!).
É engraçado como muitos uruguaios pensam que somos um casal de americanos, alguma pessoas vieram conversar comigo em inglês! Adorei, mais um treino pra mim!
O Cristian adorou descobrir, em uma parede de uma borracharia de Colonia, a seguinte frase: "Cambio de aceite". Também achou interessante a "Carnicería" (o nosso famoso açougue).

SEXTO DIA DE VIAGEM

21 de fevereiro de 2008 (Quinta-feira)

8h: Acordamos cedinho para o café da manhã... sim, porque para eles 8h é bem cedinho!! O lugar que o hotel reservou para o café da manhã é bem insalubre: lugar quente, abafado e quase um subsolo do hotel. E café da manhã sin jamón y queso (presunto e queijo) parece um tanto estranho, não? Mas havia muito dulce de leche, então aproveitei para me esbaldar... dia para caminhar e conhecer Montevideo de verdade. Início pela 18 de Julio em direção ao porto. Esta foto abaixo mostra o Cris num momento bonito, em plena Plaza de Cagancha (Libertad), onde mutios negócio são feitos (uma espécie de brique portoalegrense, com direito a venda de facas usadas, garrafas de Coca-Cola de vidro, tamancos batidos, réplicas de motocicleta com guidom quebrado... mas também encontramos muitas coisas legais, como uma espécie quebra-cabeça de madeira que comprei pra mim e pro meu pai, o dele em forma de escorpião e o meu em forma de borboleta!).



Dali, seguimos caminhando com o objetivo de chegar ao Mercado del Puerto. Com a ajuda do mapinha e de um policial, aportamos no Mercado e aproveitamos para tirar umas fotos bem legais, como esta abaixo, de um restaurante bem bonito!




Abaixo, parada para o lanche que acabou virando nosso almoço: empanadas de queijo e de atum. Situada em uma entrada lateral do Mercado, parece fazer bastante sucesso: cada pastel sai por 22 pesos (+- 2 reais e 20 centavos, talvez um pouco menos). São cinco tipos de pastéis: de queijo com acompanhamentos, de carnes, peixes, frangos e doces. Como sobremesa, claro que não poderíamos deixar de experimentar a empanada de dulce de leche: aprovadíssima!




Outra vista do Mercado, exatamente do lugar de onde almoçamos, do banco em que eu estava sentada na foto acima. O Mercado del Puerto pode se resumir a muitos restaurantes e algumas lojas com souveniers bem típicos do Uruguay. Lá, compramos uma camiseta com um sol do Uruguay pra mim e uma camiseta para o Cristian, com a estampa do primeiro campeonato mundial de futebol, que aconteceu em Montevideo em 1930.



Aqui, na próxima foto, uma lembrança que eu fiquei doida pra trazer pra cá - e que estou segurando na foto: uma espécie de móbile, mas todo montado sobre porongos coloridos e com bonecos e bonecas de madeira. Lindos, lindos... mas como carregar isso na moto? Aliás, me encantei muito com os brinquedos de madeira artesanais que se fazem por lá!




Imagem do Cristian na "Escollera Sarandi". Muitos pescadores por ali e o dia de muito sol pedia banho de mar (pra mim, sempre pra mim!!)




Depois de retornar ao hotel, por volta das 15h, e de eu conseguir o contato oficial com o PROPG me tranqüilizando com a inscrição que poderia ser realizada na próxima segunda, seguimos para o meu banho de mar. Na foto, o Cris comendo uma pera e nós caminhando por essas ruas lindas, super arborizadas, do centro da cidade em direção à Rambla Republica Argentina.

16h: Parada para o banho! Água do rio da Prata, nada salgada e bem quentinha. Nos assustamos um pouco com a sujeira da água e quando, ao caminharmos pela Rambla, avistamos muitos sacos e garrafas plásticas atiradas ao mar. Mas bem na ponta da Playa Ramírez, e com um sol escaldante sobre nossas cabeças, não agüentei mais esperar e me jogar na água. É bem engraçado tomar banho em meio à cidade. A praia estava lotada!! Mais tarde, buscamos La Negra para um passeio pela cidade ao entardecer... sem noção o sol se pondo em Montevideo e as pessoas tomando muito mate nas Ramblas. Vista muito linda! Aproveitamos o passeio e fomos até o Estádio do Nacional (Estadio Centenario), mas não nos deixaram entrar pois estavam em obras. Passamos também em Tres Cruces, terminal de ônibus e shopping, para descobrir sobre os ônibus que faziam viagem até Colonia del Sacramento, os horários e os valores.




Em nossa caminhada do dia, paramos em algumas "ferias" (feiras de artesanato espalhadas ao longo da rua Sarandi, logo após a Plaza Independencia). Ali, para marcarmos nossa segunda lua-de-mel, ganhei de presente do Cris uma aliança de prata, artefato manualmente trabalhada por um artesão. Conversamos com ele por um tempo, falou adorar o Brasil e disse que vivemos "em um paraíso". Ele já trabalhou em Floripa, curte muito o som do Rappa e queria saber que banda tocava a música de sucesso no Uruguai "Tropa de Elite". Abaixo, a foto de nossa janta no La Pasiva de Montevideo, eu e minha alinça nova, delicadamente colocada acima de minha aliança de casamento, coroando a nossa segunda lua-de-mel. Em seguida, nosso jantar ("cena"): chivitos canadienses. E depois, o maridão.





Aqui, o que eu já havia mencionado anteriormente: as livrarias (muita, muitas, lindas!) que ficam abertas até altas horas na capital uruguaia. Eu, me deliciando com os títulos e doida pra comprar alguns... deixa pra próxima viagem!

CURIOSITIES:
Observei muitas pessoas abandonadas pelas ruas da capital, alguns mendigos remexendo lixos e muitos, muitos velhos vagueando, conversando sozinhos, fumando muito... penso que, assim como os carros antigos, eles existem aos montes e não são bem cuidados.
Hoje pela tarde, quando saímos do Terminal Tres Cruces, um senhor berrou de uma esquina, apontando para La Negra: "Eu tinha uma destas!" e ficou nos observando, sorrindo, com ar de saudade...
Hoje conseguimos fazer uma comparação dos preços de Mc Donalds em Punta e em Montevideo, para os mesmos lanches:
Big Mc Combo: em Punta - U$ 132,20
em Montevideo - U$ 105,00
MaxWim: em Punta - U$ 75,00
em Montevideo - U$ 53,00
Em Punta, vi que o Mc Lanche Feliz distribuia personagens do desenho "El Chavo" (Chaves) e me apaixonei. Resolvi comprar um Mc Lanche Feliz em Montevideo, mas em cada Mc havia uma surpresa diferente, pois todos os bonecos do "El Chavo" já haviam acabado! Falaram que foi um sucesso!

QUINTO DIA DE VIAGEM

20 de fevereiro de 2008 (Quarta-feira)



















20 de fevereiro de 2008 (quarta-feira)

8h: Café da manhã no hotel (desayuno) com gostinho de "quero mais". Hora de fazer as malas e se preparar para a viagem com destino a Montevideo.
10h: Saída do hotel. Vide as fotos da frente do hotel com La Negra nos aguardando para a hora da viagem. O dono do hotel "sacou" a foto de nós dois em frente à máquina!
10h30: Parada obrigatória na Casapueblo, moradia, hotel e uma verdadeira obra de arte de Carlos Páez Villaró. Ele é praticamente um faz-tudo na área artística: pintor, escultor, arquiteto, cineasta... ufa! Ele conta, no filme que assistimos na sala de cinema da casa (que inaugura o início do passeio), que levou 30 anos para construir a Casapueblo, contando com a ajuda de muitos pescadores! Todas as obras são belíssimas! E o mais magnífico de tudo: todas estas obras podem ser admiradas em frente ao mar, uma vista mais do que especial! Realmente impressionante! Detalhe: até nos banheiros há azulejos com as pinturas do artista, vejam as fotos que fiz dentro do banheiro feminino! Dava vontade de ficar mais tempo e visitar o hotel todo que tem por lá, mas nosso tempo era contado e precisávamos retomar a viagem para chegar ainda com sol em Montevideo.
11h30: Hora de seguir viagem, o dia de sol convidava a realizar mais algumas gravações do nosso trajeto.
12h30: Parada em Piriápolis, uma praia muito linda e uma descoberta por demais interessante! Tanto o Cristian quanto eu nos apaixonamos pela água cristalina, pela orla da cidade, pelos restaurante e pelas pessoas com quem ali conversamos. Um senhor pediu para encostar a moto e ficou admirando La Negra, contando-nos de seu sonho de consumo: uma moto igual a esta. Perguntei se ele queria "sacar" uma foto, no que ele logo respondeu: "Para quê? Para sofrer?" Passeio pela orla e avistamos um teleférico: passeio mais que perfeito! Uma vista panorâmica da cidade que merece muitas fotos! E a vontade de mergulhar naquelas águas já me importunava e eu importunava o Cris: "Vamos pro mar!" Seguimos em direação à praia. Mais adiante, um outro senhor viu a placa da moto e perguntou se éramos de Santa Cruz do Sul. Contou que gosta muito de viajar o Brasil e conhece muito o Sul, especialmente a nossa região: Estrela, Lajeado, Santa Cruz, Arroio do Meio... a mulher dele, uma contadora de histórias, também entrou na conversa. Eu, tremia de tanta vontade de entrar na água, o sol estava incandescente e convidava a um super mergulho. Deixamos nossas coisas no restaurante à beira do mar, Don Quijote, onde mais tarde comeríamos uma paella dos deuses (vejam as fotos do Cris junto à iguaria!). Aproveitei para colocar o biquini e cair na água, que estava gelada demais e com mães d´água enormes boiando por cima da água. mas não me intimidei: mergulhei logo pra não pensar em mais nada e curti demais! Depois, o melhor almoço para coroar esse passeio tão lindo!
15h: Viagem com destino a Montevideo. Pensamos muito na possibilidade de dormir em Piriápolis (a rede hoteleira oferece inúmeras opções, todas na beira-mar) e ficar mais um dia nesse lugar meio mágico. mas optamos por continuar, nosso tempo era limitado e ainda tínhamos em mente visitar Colonia del Sacramento.
16h15: Parada em outra praia: Atlantida. O mesmo nome da nossa praia no RS, mas com um azul muito lindo, bem diferente das nossas águas gaúchas. Tiramos algumas fotos (vcs podem ver uma foto do Cris com La Negra e eu de perfil) e outro senhor nos parou para ver a moto e perguntar sobre suas características. Passou algumas dicas de passeios para nós e se encantou com a nossa viagem a bordo de La Negra. Parada para combustível e para adicionar óleo na máquina.
16h45: Seguimos viagem pela Interbalnearia. Incrível a quantidade de sinaleiras bem no meio da rodovia, vocês conseguem imaginar rodando pela BR386 ou mesmo pela Freeway e, de repente, ter que parar porque há um enorme sinal vermelho? Doido, doido. Mas a viagem foi tranqüila, fora os flagrantes de descuido com as crianças, que chegavam a me incomodar, chegamos bem ao nosso destino.
17h30: Chegada em Montevideo. O desafio agora era procurar hotel. Passamos pelo Ibis, que estava lotado. Na famosa avenida 18 de Julio, recebemos as boas vindas de nossos hermanos: o Cris não tinha se dado conta das inúmeras sinaleiras na avenida e passamos por uma que recém tinha mudado para o vermelho. Um uruguaio nos recebeu com o sonoro berro: "BRASILEÑO DE MIERDA". Seguimos na nossa, apesar do susto. Encontramos outro hotel, dentro dos nossos padrões, que também estava lotado. Um homem que trabalha para os hotéis veio nos ajudar com dicas de outros estabelecimentos. No meio do caminho, avistei um e berrei pro Cris parar, era o Hotel California. Com um bom preço e acomodações não tão boas assim, resolvemos ficar por lá; o banho valeu por tudo! Enfim, era possível cantar "Welcome to the Hotel California... such a lovely place..." jurei que a canção tinha sido composta lá!! (Ei, isso foi uma piada, claro!!). Acomodados, seguimos com uma caminhada pelo centro, para conhecer as ruas em volta do hotel. Compramos dois pedaços de torta de atum e napolitana para comer no quarto, pois estávamso super cansados. Fim de mais um dia, coroado por um alfajor delicioso!

CURIOSITIES:
Conforme anunciei antes, na rodovia entre Punta e Montevideo, mais flagrantes do descuido com as crianças: em uma motoneta, uma mulher (provavelmente a mãe) levava duas crianças pequenas, uma na frente e outra atrás, que vinha agarrada nela. Nenhum dos 3 usava capacete e a mãe pilotava de chinelos! Em outro momento, um homem carregara um bebê de menos de um ano na motoneta (com uma mão dirigia e com a outra segurava o bebê). Fiquei horrorizada!
Achei o máximo ver livrarias (muitas, muitas!) abertas até altas horas da noite... além das livrarias, também as bancas de revistas ficam abertas por muito tempo. Pude reparar, apenas na nossa primeira caminhada, muitas salas de cinema e museus!